A ABICAB (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates,
Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) apresenta um estudo inédito sobre o
potencial de expansão do setor de chocolate premium no Brasil. Crescimento
acima da média do país, geração de empregos e fomento a pequenos e médios
empreendimentos são alguns dos resultados decorrentes da oportunidade de
expansão desse mercado. Intitulado “Estudo Exploratório do Mercado de Chocolate
Premium”, o trabalho envolve a análise de 764 municípios das cinco regiões
brasileiras, todos eles com pelo menos 20 mil habitantes e uma loja de
chocolate. O material também mostra que 60% das lojas estão presentes na região
Sudeste.
A ABICAB mapeou 3.254 lojas de chocolate premium, sendo 76%
delas de franquias e 24% de lojas independentes ou licenciadas. De acordo com o
estudo, há espaço para o setor chegar a 7.305 lojas até 2020, o que equivale a
uma expansão de 14% ao ano a partir de 2014. “A meta refere-se tanto à expansão
de players atuais como à entrada de novos no segmento. Esse movimento será
impulsionado pela classe média, que já vem sustentando o forte crescimento do
setor há alguns anos, pois deseja produtos mais sofisticados”, observa Caio
Tomazeli, diretor de Chocolate Premium da ABICAB.
Para atingir a meta, o estudo prevê um investimento
aproximado de R$ 324 milhões em instalação de loja em seis anos, considerando
que em cada loja sejam investidos R$ 80 mil. A expectativa é que o setor
alcance um faturamento anual de R$ 2,9 bilhões em 2018, a preços de varejo – em
2014, o faturamento anual foi estimado em R$ 2,4 bilhões, o que representa um
crescimento de 26%.
“Toda a cadeia produtiva do chocolate será beneficiada,
especialmente os pequenos e médios empreendimentos, que já vinham se destacando
na fabricação e comercialização do produto premium”, comenta Tomazeli. “No caso
de empreendedores que queiram ter lojas e fabricar seu próprio chocolate, o
investimento necessário é de R$ 300 mil, valor considerado convidativo, tendo
em vista o retorno a ser obtido.”
Dentro
do cenário de expansão, a expectativa é que sejam gerados de 18 mil a 20 mil
empregos diretos e indiretos em todo o país. “Além da classe média, as datas
sazonais, têm sido outro fator que impulsiona o crescimento do setor premium e,
consequentemente, a abertura de vagas”, lembra Tomazeli. O produto é uma opção
de presente cada vez mais comum nas comemorações de Páscoa, Dia das Mães e Dia
dos Namorados. “É uma mudança de hábito de consumo recente e que impactará na
busca por mão de obra em fábricas e lojas.”
O segmento de chocolates premium
vem crescendo a uma taxa de 20% ao ano, atingindo hoje aproximadamente
30 mil toneladas anualmente, de um total de 473 mil toneladas do chocolate
produzido no país. “Estimamos que o tamanho
desse nicho de mercado seja de 6% a 8 % do volume de chocolate consumido no
Brasil. Para a indústria e varejo, isso significa mais oportunidades de
negócio; para o consumidor, representa a diversificação da oferta de produtos
de qualidade superior”, resume Tomazeli.
A
cadeia produtiva do setor se reuniu na 3ª FEBRACHOCO, que aconteceu de 10 a 12
de setembro em Gramado (RS). Expositores de Chocolates, Sorvetes, Insumos,
Embalagens, Tecnologias, entre outros, apresentaram sua inovações para um
público de X mil visitantes. “Tivemos também apresentações e oficinas com chefs
renomados, para atrair o consumidor final, e um concurso de receitas de
chocolate gourmet que premiou o vencedor com uma viagem ao Salão de Chocolate
em Paris”, conclui Tomazeli.
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