A
Ford fez uma nova parceria com a DowAksa,
uma – joint venture entre a Down Chemical e a Aksa Akrilik Kimya - e
o Departamento de Energia dos Estados Unidos para pesquisar a produção e uso em
larga escala de fibra de carbono nos automóveis. O objetivo é desenvolver
componentes de fibra de carbono de baixo custo para tornar os veículos mais
leves e aumentar a economia de combustível, sem perda de desempenho. O conceito
Ford GT com carroceria de fibra de carbono e o Mustang Shelby GT350R com rodas
desse material, apresentados no Salão de Detroit, são exemplos dessa aplicação.
As
duas empresas farão parte do recém-criado Instituto para a Inovação da
Manufatura de Compostos Avançados, criado pelo governo dos EUA e integrado à
Rede Nacional para a Inovação da Manufatura, apoiada pelo Departamento de
Energia dos EUA.
"A
colaboração com a DowAksa e a participação nessa organização aumentam
significativamente o alcance do nosso trabalho", diz Ken Washington,
vice-presidente de Pesquisa e Engenharia Avançada da Ford. "Nós temos uma
verdadeira aliança de pessoas altamente talentosas trabalhando para levar os
materiais automotivos a um novo nível."
O
objetivo do instituto e da parceria da Ford com a DowAksa – uma joint-venture
50/50 entre a Dow Chemical Company e a Aksa Akrilik Kimya Sanayii – é superar o
alto custo e a disponibilidade limitada de fibra de carbono, desenvolvendo um
processo viável de fabricação em alto volume. A Ford e a Dow Chemical começaram
a trabalhar juntas em 2012 para desenvolver compostos de fibra de carbono de
baixo custo e alto volume.
"Este
projeto tem como base o acordo atual de desenvolvimento da Ford com a Dow
Chemical e acelera o nosso cronograma para a introdução de compostos de fibra
de carbono em aplicações de alto volume", diz Jim deVries, gerente global
de Pesquisa de Materiais e Manufatura da Ford.
A
experiência da Ford em design, engenharia e manufatura de alto volume
complementa a força da DowAksa na produção de compostos de carbono para a
criação de peças muito mais leves que os componentes de aço, sem perda de
resistência.
"A
tecnologia e experiência da DowAksa vai ajudar efetivamente na superação de
barreiras para o uso de compostos de fibra de carbono em aplicações automotivas
de alto volume", diz Douglas Parks, membro do Conselho da DowAksa e um dos
participantes da fundação do Instituto para a Inovação na Manufatura de
Compostos Avançados. "O novo instituto oferece uma plataforma de
colaboração para acelerar o nosso progresso."
Por
oferecer alta resistência com peso extremamente baixo, os compostos de fibra de
carbono têm sido usados há décadas em aviões e carros de corrida. As
propriedades de resistência do material pode ser adaptadas a um determinado
componente para torná-lo mais rígido ou flexível conforme a necessidade.
"Nosso
objetivo é desenvolver um material capaz de reduzir significativamente o peso
do veículo e aumentar a economia de combustível para os clientes", diz
Patrick Blanchard, supervisor de Materiais da Ford. "A flexibilidade da
tecnologia permite desenvolver materiais para todos os subsistemas dos veículos,
em toda a linha de produtos, com uma redução de peso de mais de 50% comparado
ao aço."
A
criação de veículos mais leves é uma parte importante do plano “Blueprint for
Sustainability” da Ford para a redução do consumo de combustível e das emissões.
O New Fiesta com a aplicação de aço boro na carroceria e a nova F-150 com liga
de alumínio de nível militar são exemplos dessa filosofia.
O
conceito Fusion Lightweight, criado pela Ford usando materiais como alumínio,
aço de alta resistência, magnésio, compostos e fibra de carbono em quase todos
os sistemas, permite que o sedã grande tenha o mesmo peso de um compacto Fiesta
– uma redução de cerca de 25%. O aprendizado obtido com esse conceito pode
levar as tecnologias de baixo peso a uma escala muito maior. A Ford e a DowAksa
estão trabalhando também para reduzir o consumo de energia e o custo das
matérias-primas na produção de componentes de fibra de carbono, além de
desenvolver processos de reciclagem.
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