terça-feira, 31 de março de 2015

Instituto Tomie Ohtake retoma o seu programa Arte Atual


Thiago Rocha Pitta, Sem título, da série Mapas temporais de uma terra não sedimentada, 2015 Foto/Cortesia Galeria Millan
O Instituto Tomie Ohtake retoma o seu programa Arte Atual, após ter realizado duas edições entre 2013 e 2014 - Estranhamente Familiar, Medos Modernos. Elaborado pelo seu Núcleo de Pesquisa e Curadoria (NPC), o programa foi concebido para promover exposições coletivas de artistas emergentes, em que projetos experimentais possam ser concretizados e apresentados ao público, contando, para isso, com o apoio ativo de galerias de arte presentes no país.

 

Para a edição deste ano, E se quebrarem as lentes empoeiradas?, o Instituto Tomie Ohtake apresenta trabalhos de Eduardo Berliner, Marcone Moreira e Thiago Rocha Pitta, em parceria com as galerias Casa Triângulo, Blau Projects e Millan. Com curadoria do NPC, a exposição busca subversões dos nossos saberes recorrentes, que são baseados num entendimento racional e científico. Para a curadoria, "quebrar as lentes" significa, a grosso modo, duvidar desses entendimentos por meio de gestos que coloquem à prova nossas supostas certezas.

 

"Diante das certezas, dispositivos técnicos e sistemas lógicos que pautam nossa apreensão do mundo, a exposição reúne artistas que propõem alternativas às formas de saber estabelecidas ao abrirem-se a elementos como: a sabedoria popular, a transmissão oral, a consciência voltada a aspectos cósmicos e da natureza, a práxis direcionada pela intuição e pelo acaso.”, informa o texto curatorial.

 

A exposição E se quebrarem as lentes empoeiradas? reúne três artistas que buscam desconstruir as convicções científicas “quebrando suas próprias lentes. “Eduardo Berliner atribui às imagens, aos suportes e à fatura artística escolhas e resistências, por insistência intuitiva e resiliente, deixando-lhes direcionar tanto o discurso quanto à forma dos trabalhos. Marcone Moreira, por procedimentos de apropriação e observação etnográfica, compara modelos de circulação de produtos e pessoas, assim como de ocupação do território. Thiago Rocha Pitta, por aderência e sinergia com o tectônico e mutável da natureza, reestabelece seu protagonismo e devir próprio da paisagem, normalmente tida como meio indiferente e passivo”, aponta o texto curatorial. 

 
 

O Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, coordenado por Paulo Miyada e integrado por Carolina de Angelis, Julia Lima, Olivia Ardui e Priscyla Gomes, vem pesquisando arte brasileira desde 2011. Com projetos de exposição e pesquisas como a Linha do Tempo da Arte Brasileira, o grupo realizou a curadoria de exposições como Estranhamente Familiar, Medos Modernos, Cheio de Vazio e V Mostra de Arte Digital - Canções de Amor.

 

Exposição: E se quebrarem as lentes empoeiradas?

De 2 de abril a 10 de maio de 2015, terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP Fone: 11.2245-1900

 

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