Thiago Rocha Pitta, Sem título, da série Mapas temporais de uma terra não sedimentada, 2015 Foto/Cortesia Galeria Millan |
O
Instituto Tomie Ohtake retoma o seu programa Arte Atual, após ter realizado
duas edições entre 2013 e 2014 - Estranhamente
Familiar, Medos Modernos. Elaborado
pelo seu Núcleo de Pesquisa e Curadoria (NPC), o programa foi concebido para
promover exposições coletivas de artistas emergentes, em que projetos
experimentais possam ser concretizados e apresentados ao público, contando,
para isso, com o apoio ativo de galerias de arte presentes no país.
Para
a edição deste ano, E se quebrarem as
lentes empoeiradas?, o Instituto Tomie Ohtake apresenta trabalhos de Eduardo
Berliner, Marcone Moreira e Thiago Rocha Pitta, em parceria com as galerias
Casa Triângulo, Blau Projects e Millan. Com curadoria do NPC, a exposição busca
subversões dos nossos saberes recorrentes, que são baseados num entendimento
racional e científico. Para a curadoria, "quebrar as lentes"
significa, a grosso modo, duvidar desses entendimentos por meio de gestos que
coloquem à prova nossas supostas certezas.
"Diante
das certezas, dispositivos técnicos e sistemas lógicos que pautam nossa
apreensão do mundo, a exposição reúne artistas que propõem alternativas às
formas de saber estabelecidas ao abrirem-se a elementos como: a sabedoria
popular, a transmissão oral, a consciência voltada a aspectos cósmicos e da
natureza, a práxis direcionada pela intuição e pelo acaso.”, informa o texto
curatorial.
A
exposição E se quebrarem as lentes
empoeiradas? reúne três artistas que buscam desconstruir as convicções
científicas “quebrando” suas
próprias lentes. “Eduardo Berliner atribui às imagens, aos suportes e à fatura
artística escolhas e resistências, por insistência intuitiva e resiliente,
deixando-lhes direcionar tanto o discurso quanto à forma dos trabalhos. Marcone
Moreira, por procedimentos de apropriação e observação etnográfica, compara
modelos de circulação de produtos e pessoas, assim como de ocupação do
território. Thiago Rocha Pitta, por aderência e sinergia com o tectônico e
mutável da natureza, reestabelece seu protagonismo e devir próprio da paisagem,
normalmente tida como meio indiferente e passivo”, aponta o texto curatorial.
O
Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, coordenado por Paulo
Miyada e integrado por Carolina de Angelis, Julia Lima, Olivia Ardui e Priscyla
Gomes, vem pesquisando arte brasileira desde 2011. Com projetos de exposição e
pesquisas como a Linha do Tempo da Arte Brasileira, o grupo realizou a
curadoria de exposições como Estranhamente Familiar, Medos Modernos, Cheio
de Vazio e V Mostra de Arte Digital - Canções de Amor.
Exposição: E se quebrarem as lentes empoeiradas?
De 2 de abril a 10 de maio
de 2015, terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca
Instituto Tomie
Ohtake
Av. Faria Lima,
201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP Fone: 11.2245-1900
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