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A Orquestra
Sinfônica Heliópolis fez seu último concerto da temporada no último dia 21 de dezembro, na Sala São Paulo.O grupo mantido pelo Instituto
Baccarelli prestou nova homenagem ao 80º aniversário de seu diretor
artístico, Isaac Karabtchevsky,
desta vez unido à Orquestra Petrobras
Sinfônica (Opes). O concerto contou ainda com a participação da
soprano Lina Mendes, da
mezzo-soprano Edineia de Oliveira e
do Coral da Cultura Inglesa.
Aos 80, Karabtchevsky também é diretor artístico e regente titular da
Opes e do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (onde a apresentação se repetiu hoje,
dia 22/12). Recentemente foi eleito pelo jornal inglês The
Guardian como um dos ícones vivos do país, graças a ações como o Projeto
Aquarius, maior movimento de popularização da música clássica no Brasil.
Desta vez, ele dirigiu mais de 200 músicos na execução da Sinfonia Nº 2 em dó menor, de Gustav Mahler, um de seus
compositores favoritos. Escrita entre 1888 e 1994, ela é considerada
fundamental no repertório do austríaco, cheia de surpresas e de recursos
pouco convencionais.
Para cria-la, Mahler utilizou versos do
hino-poema de Friedrich Gottlib Klopstock, Die Auferstehung (A Ressurreição)
e outros dele próprio, que tratam mais diretamente sobre o tema central. Em
seus cinco movimentos, a narrativa parte de um funeral e indaga se há vida a
pós a morte; em seguida, lembra a felicidade vivida por aqueles já mortos;
depois representa uma visão da vida como algo sem significado e o desejo de
finalizá-la; e, por fim, traz uma expressão de esperança pela renovação
eterna.
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